Quando soube que teria finalmente
uma sessão com o Dom, fiquei extremamente ansioso.
Tentava me concentrar no
trabalho, os olhos se fixavam na tarefa e logo se perdiam no horizonte que era
a possibilidade cada vez mais sólida de encontrar o homem que já admirava há
muito tempo através do blog e das postagens.
O coração batia forte. A boca
ficava seca mesmo depois de vários goles de água. Olhava o relógio a todo o
momento e o tempo não passava. Fechava os olhos, respirava fundo, contava até
dez. Calma, calma, dizia para mim mesmo. As mãos ficaram frias. Já estava
ansioso e ao mesmo tempo nervoso e ao mesmo tempo com muita vontade de
encontrar o Dom.
Até que ele me disse que haveria
mais um Sub e mais um outro Dom com ele.
Não me importei, quanto mais
melhor, afinal.
Finalmente deu a hora e saí do
trabalho. Como faltava um pouco de tempo para dar a hora marcada, e estava
ansioso e não sabia como fazer, resolvi andar de metrô até que o tempo
passasse. Não funcionou muito, cada minuto que passava, cada minuto mais perto
de encontrar o Dom me deixava mais ansioso, nervoso, excitado.
Quando cheguei na estação
indicada nova mensagem do Dom dizendo que iria me buscar, fiquei esperando, o
coração na boca, o corpo todo frio. Ele apareceu e o segui, os passos pareciam
não acabar, estava de verdade ao lado do Dom. O coração parecia sair pela boca,
quando ele perguntava algo tinha dificuldade não só de responder, mas de pensar
no que responder, estava totalmente desorientado com o desconhecido que me
aguardava.
Quando chegamos ao apartamento,
senti logo de cara o que o faz ser um verdadeiro Dom. Senti todo medo ir aos
poucos se transformando em tesão, ainda que tivesse sempre a ansiedade pelo que
viria e o coração, ainda que já se acalmando, sempre batendo em expectativa. A
chegada do Dom Policial Civil e do outro sub. foi incrível também, senti a
excitação que sempre quisera sentir, estar com outros homens, e ainda mais
podendo serví-los.
Aos poucos fui gostando mais e
mais da sensação de obedecer. De fazer aquilo que meu Dom me pedia, cada novo
passo na sessão era uma surpresa, excitante e renovadora. Cada minuto trazia o
constante medo do que é misterioso. Daquilo que se desconhece que move a gente,
andando como se cada próximo passo fosse um abismo, a sensação de cair não se
sabe onde.
Ao fim, quando fui embora. As
memórias voltando, e a certeza de que tudo que meu Dom fez foi muito bem-feito.
As marcas e os doloridos passariam em breve. Mas o gosto de ter sido iniciado
pelo Dom Barbudo seria pra toda vida essa tatuagem no espírito que sempre se
renova quando algo fantástico acontece.
Obrigado, Dom Barbudo e Dom
Policial Civil e amigo 129.