“Vermelho, VERMELHÔ!”
Um DOM que se preze e é sério define a
safeword, ou “palavra de segurança”, que pode ser dita no decorrer da sessão,
caso a pessoa queira interromper, no meu caso escolho as cores VERMELHO, quando
ele simplesmente levanta e vai embora, sem mesmo justificar ou o AMARELO,
quando precisa interromper, seja por uma sensação desconfortável ou mesmo,
insuportável.
Depois de 162 caras, esse me disse o
VERMELHO.
No momento fiquei triste, depois entendi
que a vida é assim e fica até mais bacana quando é múltipla! Mas que fique
claro, que a moda não pegue.
Mas vamos a minha descrição da cena....
A conexão foi rápida e tesuda.
Ele estava doidinho de tesão, para servir
e obedecer e disse que seria a sua primeira vez.
Naquele dia EU estava de folga e
conseguimos marcar rápido, afinal o cara valia a pena.
Quando chegou que eu vi, uma delícia, um corpo
malhadinho, peludinho e todo desenhado.
Achei estranhas algumas atitudes, além do
seu cheiro e até agora não sei se tinha ingerido alguma droga, pois parecia de
certa forma alterado e não entendia o que eu falava...
Começamos a sessão e quando olhei nos
olhos dele e perguntei firme: vc cheirou ou fez uso de alguma droga? Ele me
respondeu que não e baixou a cabeça.
Ele sabia que não faço sessão com quem
usou drogas, pois a pessoa pode perder a noção dos limites.
Seguimos, fiz as apresentações, das
técnicas, expliquei a seriedade do BDSM e comecei a explicar as palavras de
segurança, dói quando ele disse:
“NÃO QUERO MAIS, POSSO IR EMBORA?”
OU SEJA, VERMELHO.
Só dei o consentimento: vista-se e vá, claro
que fico com vontade de saber o motivo, mas não pergunto.
Sua foto EU deletei, sem sessão, sem
foto, por isso esse será o primeiro relato sem imagem.
Ele vestiu-se e foi embora, com promessas
de que um dia voltará.
Confesso que é frustrante, mas ao mesmo
tempo, isso é a prova de que os códigos estão aí para serem usados e como
respeito os limites, não poderia ser diferente.
Mais uma experiência pra o currículo.