13 de nov. de 2015

número 163

“Vermelho, VERMELHÔ!”

Um DOM que se preze e é sério define a safeword, ou “palavra de segurança”, que pode ser dita no decorrer da sessão, caso a pessoa queira interromper, no meu caso escolho as cores VERMELHO, quando ele simplesmente levanta e vai embora, sem mesmo justificar ou o AMARELO, quando precisa interromper, seja por uma sensação desconfortável ou mesmo, insuportável.

Depois de 162 caras, esse me disse o VERMELHO.

No momento fiquei triste, depois entendi que a vida é assim e fica até mais bacana quando é múltipla! Mas que fique claro, que a moda não pegue.

Mas vamos a minha descrição da cena....

A conexão foi rápida e tesuda.

Ele estava doidinho de tesão, para servir e obedecer e disse que seria a sua primeira vez.

Naquele dia EU estava de folga e conseguimos marcar rápido, afinal o cara valia a pena.

Quando chegou que eu vi, uma delícia, um corpo malhadinho, peludinho e todo desenhado.

Achei estranhas algumas atitudes, além do seu cheiro e até agora não sei se tinha ingerido alguma droga, pois parecia de certa forma alterado e não entendia o que eu falava...

Começamos a sessão e quando olhei nos olhos dele e perguntei firme: vc cheirou ou fez uso de alguma droga? Ele me respondeu que não e baixou a cabeça.

Ele sabia que não faço sessão com quem usou drogas, pois a pessoa pode perder a noção dos limites.

Seguimos, fiz as apresentações, das técnicas, expliquei a seriedade do BDSM e comecei a explicar as palavras de segurança, dói quando ele disse:

“NÃO QUERO MAIS, POSSO IR EMBORA?”

OU SEJA, VERMELHO.

Só dei o consentimento: vista-se e vá, claro que fico com vontade de saber o motivo, mas não pergunto.

Sua foto EU deletei, sem sessão, sem foto, por isso esse será o primeiro relato sem imagem.

Ele vestiu-se e foi embora, com promessas de que um dia voltará.

Confesso que é frustrante, mas ao mesmo tempo, isso é a prova de que os códigos estão aí para serem usados e como respeito os limites, não poderia ser diferente.


Mais uma experiência pra o currículo.