12 de jul. de 2015

Relato - número 130


Quando soube que teria finalmente uma sessão com o Dom, fiquei extremamente ansioso.

Tentava me concentrar no trabalho, os olhos se fixavam na tarefa e logo se perdiam no horizonte que era a possibilidade cada vez mais sólida de encontrar o homem que já admirava há muito tempo através do blog e das postagens.

O coração batia forte. A boca ficava seca mesmo depois de vários goles de água. Olhava o relógio a todo o momento e o tempo não passava. Fechava os olhos, respirava fundo, contava até dez. Calma, calma, dizia para mim mesmo. As mãos ficaram frias. Já estava ansioso e ao mesmo tempo nervoso e ao mesmo tempo com muita vontade de encontrar o Dom.

Até que ele me disse que haveria mais um Sub e mais um outro Dom com ele.

Não me importei, quanto mais melhor, afinal.

Finalmente deu a hora e saí do trabalho. Como faltava um pouco de tempo para dar a hora marcada, e estava ansioso e não sabia como fazer, resolvi andar de metrô até que o tempo passasse. Não funcionou muito, cada minuto que passava, cada minuto mais perto de encontrar o Dom me deixava mais ansioso, nervoso, excitado.

Quando cheguei na estação indicada nova mensagem do Dom dizendo que iria me buscar, fiquei esperando, o coração na boca, o corpo todo frio. Ele apareceu e o segui, os passos pareciam não acabar, estava de verdade ao lado do Dom. O coração parecia sair pela boca, quando ele perguntava algo tinha dificuldade não só de responder, mas de pensar no que responder, estava totalmente desorientado com o desconhecido que me aguardava.

Quando chegamos ao apartamento, senti logo de cara o que o faz ser um verdadeiro Dom. Senti todo medo ir aos poucos se transformando em tesão, ainda que tivesse sempre a ansiedade pelo que viria e o coração, ainda que já se acalmando, sempre batendo em expectativa. A chegada do Dom Policial Civil e do outro sub. foi incrível também, senti a excitação que sempre quisera sentir, estar com outros homens, e ainda mais podendo serví-los.

Aos poucos fui gostando mais e mais da sensação de obedecer. De fazer aquilo que meu Dom me pedia, cada novo passo na sessão era uma surpresa, excitante e renovadora. Cada minuto trazia o constante medo do que é misterioso. Daquilo que se desconhece que move a gente, andando como se cada próximo passo fosse um abismo, a sensação de cair não se sabe onde.

Ao fim, quando fui embora. As memórias voltando, e a certeza de que tudo que meu Dom fez foi muito bem-feito. As marcas e os doloridos passariam em breve. Mas o gosto de ter sido iniciado pelo Dom Barbudo seria pra toda vida essa tatuagem no espírito que sempre se renova quando algo fantástico acontece.

Obrigado, Dom Barbudo e Dom Policial Civil e amigo 129.