O
presente relato não tem como objetivo ser um conto erótico. A proposta é a
escrita de uma dominação psicológica pelo Dom Barbudo.
Apertei
o interfone. Informei meu nome. Entrei no elevador. Enquanto apertava o andar,
as portas se fechavam e o frio na barriga surgia inevitavelmente. Eu fora
dominado uma única vez, há mais de 6 anos.Não gostaria que o DOM Barbudo
notasse meu nervosismo, mas, ao mesmo tempo, evitá-lo era uma ação impossível.
Sabia que, ao entrar no apartamento, eu seria do DOM. Eu não seria mais eu em
essência, e sim uma propriedade. Avistei a porta do apartamento e me dei cinco
segundos para respirar fundo. Sim, eu queria ser dominado, eu queria me ceder
ao DOM Barbudo. Fechei os olhos e abri a porta. Tudo, então, combinado: abri a
porta, encontrei o lugar próximo à poltrona e me ajoelhei. O DOM chegou,
inspirando uma superioridade quase indescritível. Não olhei para ele, mas
conseguia senti-lo próximo a mim. E eu, ajoelhado e de costas, mal sabia que a
minha maior humilhação psicológica estava prestes a começar. O DOM carregava
uma prancheta que prendia algumas folhas. “Leia”, me disse enquanto sentava-se
ao sofá. E eu continuava e joelhos e com a cabeça baixa. Eu tremia, não
conseguia segurar a caneta. Consegui ler todo o contrato em alguns minutos. Meu
número era 103. “Senhor, serei um número?”. “Sim”, ele respondeu. Naquele
momento, naquele lugar, eu era apenas um número. Nada além. Um número com um
contrato no qual eu permitia certas ações físicas. A humilhação psicológica em
ser um número refletia no comportamento físico: eu era um escravo, um obediente
escravo de número 103 que deveria servir ao DOM Barbudo. O DOM com um nome, eu
com um número. O DOM sendo alguém, eu apenas para servi-lo. Após assinar o
contrato, tive 10 segundos para tirar toda a minha roupa. Já estava sendo
humilhado vestido, corri para tirar toda a minha roupa. Tremia. Estava nu na
frente do DOM. De fato, já era uma propriedade dele: e eu sabia muito bem o meu
papel. Logo nas primeiras práticas, meu corpo já não correspondia à minha
mente. Via-me humilhado enquanto meu pau nunca estivera tão rígido. O medo e o
tesão estavam ali, presentes no número 103, assim sendo uma balança: quando
alguma técnica mudava, o medo ultrapassava o tesão – e, quando o tesão começava
a ser demonstrado, a técnica mudava; logo, o medo voltava a ultrapassar. Em um
dos momentos, minhas mãos foram vendadas. Ali, já sabia que não poderia fazer
mais nada. Nada além de me lembrar do código dado a mim quando não suportasse
mais. Mas eu queria superar o medo. O tesão gritava enquanto sabia que estava
sendo inferiorizado ao máximo da minha essência. Além de não ter mais nome,
estava completamente nu e já não tinha mais nenhuma possibilidade de ação:
olhava para o DOM com medo, como se estivesse pedindo alguma súplica. Aquilo,
aquela coisa, era eu. E no instante em que fui algemado na parede, entendi o
que estava acontecendo. Eu, o 103, era um objeto do DOM Barbudo e me restava
lançar o olhar de total agradecimento, pois ele me oferecia o que meu instinto
de escravo: um pobre capacho sofrendo (e gostando) em suas mãos. Agradeço ao
DOM Barbudo pela paciência e confiança oferecida. 103
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