3 de abr. de 2015

número 094 - DOM BARBUDO - Relato

Eu demorei uma semana pra conseguir entender e transformar em texto tudo o que aconteceu naquele tarde chuvosa de terça feira.

Tivemos o primeiro contato há, mais ou menos, uns 3 meses. Fui elogiá-lo pelas diversas noites de prazer que o blog tinha me proporcionado e ELE logo respondeu agradecendo pelo elogio. A partir dali eu sabia que era um caminho sem volta. A cada conversa eu ia descobrindo um pouco mais desse mundo e não queria mais voltar.

Em dezembro estive em SP para o fim de ano e não poderia deixar passar essa semana sem ter a honra de servir ao meu SENHOR. No dia e hora marcada eu estava lá, suando frio, mãos tremendo, mas num estado de êxtase sem palavras.

Entrei e obedeci ao primeiro comando. ELE sempre me perguntando o que eu estava sentindo e eu não sabia bem o que responder: tesão, ansiedade, nervoso... Era tudo isso junto. Em um momento ele perguntou "não sente medo?" logo respondi "NÃO. CONFIO NO MEU SENHOR".

Ao responder o contrato, me desliguei do mundo com sua voz no meu ouvido comentando cada resposta minha. Sugestões foram feitas e não me arrependo de nenhuma.

Depois disso o prazer e a alegria tomaram meu corpo. Fico arrepiado só de lembrar cada detalhe daquela tarde. Detalhes esses que ficaram internalizados e marcados pra sempre: o click da coleira, o cheiro, a textura e o sabor do couro de suas botas e calça. A cor e as marcas dos seu olhos (olhos que já viram muita coisa nessa vida), a pele e os cabelos claros e avermelhados.... Fora os detalhes do local.

No fim, chegamos ao prazer máximo gozando forte. Estavamos exaustos naquele momento. Eu já tinha perdido a noção da hora. E ele ali me afogando em seus olhos azuis.

Por um momento fui as lágrimas. Lágrimas de felicidade inefável. Naquele momento as palavras não podiam descrever o que eu estava sentindo.

E mais um detalhe: Erótica e justify my love são as músicas que me deixam com mais tesão. Desde criança e elas tocaram na minha sessão.

Na rua, a chuva molhava meus óculos. Não sabia ao bem pra onde ir, o que fazer. Fiquei por um tempo parado, encharcado pela chuva até que voltei a mim. Ela não matava minha sede. Seria tudo um sonho, um surto?
Recobrei as forças. Subi a ladeira, peguei o metrô e voltei pra casa. 
Feliz e querendo mais.



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